Mulheres que acreditavam no amor foram mortas pelos próprios maridos!
três assassinatos que encerraram a vida de uma agricultora de 40 anos de idade e das duas filhas, em Brejo da Madre de Deus, no Agreste. Um desfecho semelhante, ocorreu no município de Lajedo, quando três crianças foram mortas junto à mãe delas.
Nestes dois casos, há a triste coincidência de relacionamentos que ficaram marcados pela crueldade. Para os parentes de Rosineide Santos e Rosilene Ermíria, a dor continua a mesma, como a saudade de um tempo em que a vida, parecia não ter fim.
Duas mulheres que acreditaram no amor e esconderam dos parentes as ameaças que sofriam. Rosilene e Rosineide tinham nomes que lembravam rosas. Mas, acabaram sendo tocadas pelos cruéis espinhos da violência cometida dentro de casa. O resultado, são duas famílias destruídas.
No vídeo acima, veja reportagem.
Nas fotos da família, elas estavam sempre juntas. Rosineide era mãe solteira. Agricultora, que apesar das dificuldades, fazia de tudo pelas filhas e não tirava do rosto o sorriso. “Alegria, muita alegria. Ela tinha alegria de viver”, acrescenta Clarice Santos, irmã de Rosineide
Depois de 15 anos separada do marido, Rosineide começou a namorar com o pedreiro Fernando Alves Bezerra. Um relacionamento curto, durou apenas alguns meses, mas que mudaria para sempre o destino dela e das filhas.
Ainda era madrugada quando os vizinhos escutaram os gritos de uma das garotas. Quando os policiais chegaram ao local, encontraram a casa trancada. Depois de arrombarem as portas, a confirmação. Mãe e filhas haviam sido brutalmente assassinadas.
O corpo de Rosineide Santos, de 40 anos, apresentava sinais de estrangulamento. A filha de 16 anos, Claudia Valentim de Sousa, tinha marcas de pauladas, ferimentos à faca e também de estrangulamento. Já Kátia Valentim de Souza, de 18 anos, foi morta da mesma maneira, mas também apresentava sinais de violência sexual. Cada uma foi encontrada no próprio quarto, na própria cama. Exatamente um mês depois, Fernando Alves foi preso em Itu, interior de São Paulo.
Mas algumas semanas antes de serem mortas, as filhas de Rosineide começaram a temer a presença do namorado da mãe. A avó delas começou a perceber que algo estava incomodando. “A filha mais nova dormia comigo. Eu me lembro quando ela disse assim: eu não gosto daquele homem. Ele tem alguma coisa pra mim fazer. Eu já disse a mamãe. Se ele não sair de casa eu saiu”, contou Maria Soledade dos Santos.
Morar com o próprio assassino é mais comum do que se imagina. Homicídios cometidos por ciúmes formam uma grande parcela dos crimes de proximidade, que são esses causados por motivos banais. Um deles aconteceu nessa casa e chocou a população de Lajedo, no Agreste de Pernambuco.
De acordo com a polícia, Luiz Lopes da Silva Neto, de 41 anos, matou e estuprou a ex-mulher, Rosilene Ermíria da Silva, de 34 anos, e a filha do casal, de oito. Ele também matou afogadas, em um reservatório, outras duas crianças que Rosilene teve com outro homem: um menino de três anos e um bebê de um ano.
Edvaldo da Silva é irmão de Rosilene. Foi ele quem encontrou os corpos na casa. “Foi uma cena que eu não desejo nem ao meu pior inimigo. Eu peço a Deus pra nunca mais na minha vida eu ver isso mais. Isso aí foi uma crueldade. Eu não sei o que ele é. Se é gente ou o quê?”, indaga.
Toda essa crueldade foi motivada por que Rosilene, simplesmente, não queria ter mais nada com Luiz Lopes.
A polícia conseguiu prender o homem. Mas, os parentes ficaram na saudade. “Pra mim, acabou-se. A minha melhor amiga era ela. Se ele tivesse confiado em mim talvez isso não tivesse acontecido. Eu sinto muita falta. Falta que só quando eu morrer que acaba”, conta Maria Rosilda da Silva, irmã de Rosilene.